domingo, 29 de maio de 2011

Descobrindo o mundo pela boca

Oi, filhão!

Essa semana começamos uma experiência nova, com indicação médica: deixar você por a mão na comida que você vai comer. A teoria é que esse é o primeiro passo para você ganhar independência e comer sozinho, também funciona bem para te motivar a comer, coisa que às vezes você acha meio chata.

A verdade é que virou uma aventura à parte, com pratos passeando pelo ar e purês de abóbora e arroz indo parar na roupa que eu (achava que) ia usar para voltar a trabalhar. Ontem de manhã tentei te dar uma salada de frutas (que incluía suco de laranja, foi um lapso) enquanto passeávamos juntos na padaria e você coloriu além das suas roupas e das minhas também um pedaço bom do chão. Como a maioria das atendentes da padaria também são suas fãs elas nem ligaram e limparam tudo.



Outro caso bom foi o primeiro bolo de chocolate que você comeu. No aniversário de uma prima da sua mãe uma conhecida tentou te dar bolo. Você absolutamente adorou poder colocar a mão no recheio cremoso e até fez um pouco do que a médica disse que ia fazer, segurando o garfo e tentando colocar na boca. A parte engraçadinha é que você virava a colher e o bolo sempre caia no chão, incluindo o recheio que você gostava. Mas foi só mais um pedaço da aventura.

É claro que o que você põe na boca não é só o que nós queremos. Tem todo tipo de coisas inesperadas, por exemplo: você adora ficar mastigando lenços umedecidos. São os mesmo que usamos para limpar você durante a troca de fraldas, mas que fique bem claro: os que você mastiga estão sempre limpinhos...

O lencinho inclusive parecem vir de uma atração maior: papel. Você gosta muito de colocar papel na boca. E, para piorar, sabe que não pode. De vez em quando você pega um pedaço de papel, olha pra gente, vê a nossa cara de quem vai pegar o papel e coloca ele bem rápido na boca. Nós, como pais responsáveis, fazemos questão de tirar da sua boca coisas que você não deveria comer. Isso só gera um pequeno problema: você algumas vezes também acha legal morder a gente. O exercício de tirar papel da sua boca fica sendo uma parte relevante da aventura, mas às vezes a aventura fica um pouco mais dolorida.

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